ConteúdoOrganização
Tendo em conta os objectivos referidos, o mestrado em Música organiza-se em 4 semestres. Os dois primeiros incidem especialmente na dimensão educativa da profissão de músico, habilitando os formandos para o desenvolvimento de actividades musicais com uma componente pedagógica, em diferentes contextos, sendo especialmente privilegiado o contexto do ensino especializado da Música, onde os diplomados nesta área desenvolvem maioritariamente a sua actividade, respondendo às necessidades duma rede de mais de cem escolas de música, no Continente e nas Regiões Autónomas.
Os dois últimos semestres centram-se na vertente de investigação que deve informar quer as práticas artísticas, quer o aprofundamento teórico dessas práticas. Assim, no 3º semestre são facultados os instrumentos teóricos que habilitam os formandos a desenvolver, no 4º semestre, ou um projecto artístico, acompanhado de um relatório escrito, ou uma dissertação.
Deste modo, o “produto” final do mestrado é sempre constituído por duas componentes: o relatório de estágio, no fim do 2º semestre, e o projecto artístico (com o relatório escrito) ou a dissertação, apresentados no final do 4º semestre.
Projecto educativo, científico e cultural
De acordo com os seus Estatutos, os objectivos da ESML são a formação de músicos, ao mais alto nível técnico e artístico, e a formação de docentes para o ensino especializado da Música. Em conformidade com estes objectivos principais, o mestrado agora proposto visa, por um lado, garantir a formação artística, científica, pedagógica e cultural necessária quer a uma quer a outra vertente, ao mesmo tempo que permite ao estudante flexibilizar o seu percurso, não só através da introdução de unidades curriculares de opção no plano de estudos, mas sobretudo pela possibilidade que lhe é concedida de escolher entre o desenvolvimento de um projecto artístico ou a escrita de uma dissertação.
Enquadramento na rede nacional
O mestrado em Música, no modelo proposto pela ESML, reveste-se de um carácter totalmente inovador no panorama do ensino nacional, uma vez que não existe, nem no âmbito politécnico, nem no universitário, nenhum mestrado na área da Música que combine as vertentes técnico-artísticas, científicas e educativas.
Este modelo foi inspirado nos debates e orientações mais recentes sobre os actuais desenvolvimentos da actividade profissional nesta área, quer a nível internacional (por exemplo, no Simpósio “The Working Musician”, que se realizou em Londres em 2005), quer a nível nacional, com especial relevo para a 1ª Conferência Nacional de Educação Artística, que teve lugar em Outubro passado e onde foi reiteradamente afirmado que a formação de todo o artista deve incluir uma componente pedagógica.