A convergência entre serviços tradicionalmente suportados pelo sector das telecomunicações (teletexto, telefone, rádio, televisão, vídeo vigilância) e o sector da informática, com base na utilização de suporte comum (digital) para a informação, está a dar origem a novos serviços multimédia (videotelefone, televisão interactiva, DVD, jogos, WebTv, Mobile TV, bibliotecas multimédia) baseados na utilização de diferentes meios de comunicação (media), como texto, fala, música, imagem, animações gráficas, vídeo. Este casamento (por exemplo, entre a televisão e o computador) vem alterar drasticamente a forma como passamos a consumir informação: o consumo passivo de outrora está a ser, gradualmente, substituído por um acesso interactivo à informação.
Por outro lado, assistimos à convergência entre as tecnologias tradicionais das redes de telecomunicações (fixas e móveis) e das redes de computadores (onde a Internet constitui exemplo paradigmático), acompanhada por uma explosão da capacidade (largura de banda) e na facilidade de acesso (mobilidade, universalidade) às redes de comunicação.
Em consequência destas duas convergências (serviços multimédia e redes de comunicação), caminhamos rapidamente para a concretização da Rede Global Multimédia, onde a mobilidade, a interactividade e a ubiquidade no acesso aos conteúdos multimédia será uma realidade – “Digital Media produced anywhere by anyone accessible to anyone anywhere”.
A criação do cursos de engenharia de redes de comunicação e multimédia vem também na sequência do que é proposto pelo career-space, no seu texto Curriculum Development Guidelines: new ICT Curricula for the 21st century, que recomenda que sejam oferecidos cursos que combinem tópicos da Engenharia Electrónica e Telecomunicações com tópicos da Engenharia Informática.