Pós-Graduação em Arboricultura Urbana

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Pós-Graduação em Arboricultura Urbana

  • Objectivos A árvore na cidade é actualmente imprescindível ao nosso bem-estar enquanto elemento estético e de amenização do clima. Porém, a presença de árvores no meio urbano levanta problemas específicos de compatibilização com a propriedade, a saúde e os equipamentos e actividades urbanas. O actual investimento das autarquias e a situação de muito do arvoredo urbano sugerem a necessidade de formação avançada dirigida aos técnicos responsáveis pelo planeamento, instalação, condução e manutenção dessas arborizações. O Instituto Superior de Agronomia possui as competências técnicas e científicas para proporcionar uma formação de Pós-Graduação em Arboricultura Urbana, podendo fornecer aos licenciados os fundamentos de que tantas vezes necessitam para desempenharem as suas funções com competência e segurança profissional. Por todas estas razões, temos a convicção de que esta pós-graduação corresponderá às expectativas e desafios de todos aqueles que pretendam desenvolver os seus conhecimentos e valorizar as suas qualificações nas áreas da arboricultura urbana. Se este é o seu caso, esperamos contar consigo brevemente.
  • Dirigido a O curso destina-se a técnicos com graduação (licenciatura ou bacharelato) nas ciências agrárias e do ambiente, bem como licenciados ou bacharéis em biologia e em arquitectura paisagista, ou com cursos tidos por equivalentes pela Comissão Coordenadora do Curso, leccionadas no Instituto Superior de Agronomia, noutros estabelecimentos de ensino da Universidade Técnica de Lisboa e noutras Universidades e Institutos Politécnicos de Portugal, da União Europeia e de outros países de expressão oficial portuguesa.
  • Conteúdo

    Condução das árvores no viveiro: plantas de raiz nua, torrão e em vaso; poda e preparação do
    sistema radical; estabelecimento do viveiro; influência do solo e do clima na qualidade das
    plantas; sistema de rega e de drenagem; influência da fertilização na qualidade das plantas;
    produção de plantas em vaso; propriedades dos substratos; dimensões e forma dos vasos;
    sistemas de fertirega; espaçamento e tutoragem das plantas. Poda de formação: a forma das
    árvores ('standard', 'semi-standard', vaso, guia modificada, formas fastigiadas, formas
    multitronco, formas pêndula e formas naturais); técnicas de poda adequadas a cada forma
    específica; influência da poda no crescimento e desenvolvimento da árvore. Poda de
    manutenção: tipos e funções da poda (limpeza, renovação da copa, cirurgia, rolagem); época da
    poda; aplicação ao caso das caducifólias, perenifólias e palmeiras; o caso particular da topiaria.
    Estabelecimento e manutenção das árvores: técnicas de plantação; características específicas
    do solo e do clima urbano; drenagem;. época de plantação e particularidades das árvores de
    raiz nua, em torrão e em vaso; operações culturais ao longo da vida da árvore; rega, fertilização
    e protecção fitossanitária. Estudos de caso: utilização de árvores em alinhamentos na cidade;
    parques públicos; jardins privados; parques de estacionamento automóvel; esplanadas. Visita
    de estudo a um viveiro de árvores ornamentais.
    Efeitos dos Espaços Arborizados nas Cidades
    Francisco Castro Rego (ISA/UTL e DGRF) e Ana Luísa Soares (ISA/UTL)
    16,0 horas
    Efeitos da árvore na cidade. Condições que a cidade oferece à árvore. Relação benefício/ custo
    da árvore na cidade. A árvore na concepção, planeamento e gestão de espaços verdes. Casos de
    estudo e exemplificação prática.
    Fisiologia das Árvores
    João Santos Pereira (ISA/UTL)
    13,5 horas
    Introdução: implicações ecológicas e fisiológicas da arborescência; a árvore e o Homem;
    porque plantamos árvores na cidade? Como crescem e funcionam as árvores: como crescem as
    árvores? De onde vêm os recursos para o crescimento e como se distribuem? Como se forma a
    copa? Porque há copas diferentes nas árvores? Porque é que as folhas mudam de cor e caiem?
    Porque é que árvores arruínam os passeios? Como as características ecofisiológicas naturais

    influenciam o desempenho das árvores no meio urbano? Factores limitantes e de stress: a água,
    a temperatura, os nutrientes, as condições físicas do solo (encharcamento; compactação), a
    poluição do ar, a luz. Interacções com inimigos biológicos das árvores. Algumas medições de
    interesse para conhecer o estado fisiológico das árvores.
    Identificação e Características de Árvores para Uso Urbano
    António Fabião (ISA/UTL)
    16,5 horas
    Breve revisão da Taxonomia das árvores. Conceito de arborescência. Critérios básicos de
    identificação expedita de árvores e arbustos. Taxonomia das Resinosas e critérios de
    identificação: exemplificação prática no exterior. Resinosas em meio urbano: alguns critérios
    de selecção de árvores. Taxonomia das Folhosas e critérios de identificação: exemplificação
    prática no exterior. Folhosas em meio urbano: alguns critérios de selecção de árvores e
    arbustos. Identificação de Resinosas e Folhosas: exemplificação de critérios de identificação na
    Tapada da Ajuda e em visitas de estudo. Dimensões e preferências edafo-climáticas de
    espécies arbóreas e arbustivas com uso ornamental.
    Produção de Plantas Lenhosas
    Helena Almeida (ISA/UTL) e Ângelo Oliveira (ISA/UTL)
    23,5 horas
    Qualidade dos propágulos: Selecção de Propágulos; Importância da origem do material
    vegetal. Manipulação dos propágulos: Manipulação de sementes: Fisiologia das sementes;
    Planeamento da colheita; Métodos de recolha; Manipulação do fruto e da semente no período
    entre a recolha e o processamento; Extracção, Limpeza e conservação de sementes; Tratamento
    pré-germinativo das sementes; Ensaios de sementes; Factores que condicionam a propagação
    vegetativa; Técnicas de Propagação Vegetativa: Estacaria; Enxertia; Mergulhia e Amontoa.
    Técnicas de produção de propágulos: Produção de plantas por raiz nua, e em contentores;
    Caracterização dos substratos: A compostagem como forma de produção de substratos;
    Controlo da nutrição e da rega nas primeiras fases de produção de plantas; Tratamentos
    culturais: repicagem, poda radicular.
    Protecção contra Agentes Bióticos
    Joana Duclos (ISA/UTL)
    23,0 horas
    Introdução: Factores que influenciam a incidência e severidade de pragas e doenças nas árvores
    em ambiente urbano. A importância da fitossanidade na selecção, gestão e manutenção da
    árvore em ambiente urbano. Legislação fitossanitária. Como reconhecer a presença de pragas
    nas árvores? Sintomas associados à presença das pragas segundo diferentes grupos alimentares:
    desfolhadores, sugadores, subcorticais, perfuradores do lenho e indutores de galhas. Estragos
    associados a cada um destes grupos alimentares. Manifestações de doença nas árvores.
    Conceito de doença, sintomas e sinais, agentes causais. Doenças mais frequentes em árvores.
    Doenças no viveiro e em ambiente urbano – doenças radiculares, doenças do tronco, doenças
    ao nível da copa. Doenças complexas (factores de predisposição, factores desencadeantes e de
    contribuição). Diagnóstico e inspecção de árvores. O caso particular das podridões (tipos de
    podridões, principais fungos, mecanismos de defesa das árvores); métodos de diagnóstico.
    Estratégias de protecção em relação a pragas e doenças em ambiente urbano. A prática
    fitossanitária; características diferenciadoras e condicionantes das intervenções sanitárias em
    ambiente urbano. Tácticas de protecção mais adequadas para os principais grupos de pragas e
    doenças. Aplicações práticas. Observação em laboratório e/ou no campo do ataque de
    diferentes grupos de pragas. Colheita e observação de material vegetal doente. Normas de
    colheita de material doente, diagnóstico visual e diagnóstico etiológico. Discussão in loco
    sobre medidas de protecção a adoptar. Árvores em risco – diagnóstico visual, discussão de
    medidas de prevenção e de correcção.
    Sistemas de Informação e Apoio à Gestão
    José Calvão Borges (ISA/UTL) e Graça Abrantes (ISA/UTL)
    30,5 horas


    Introdução; dados vs. informação; sistemas de gestão de ficheiros e sistemas de gestão de bases
    de dados; sistemas e tecnologias de informação nas organizações: uma perspectiva unificadora.
    Objectivos de um sistema de gestão de bases de dados. Redução da redundância e eliminação
    da inconsistência. Segurança, integridade, independência, controlo da concorrência e
    recuperação/tolerância a falhas. A informação na base de dados. O sistema de gestão de bases
    de dados e os utilizadores. Modelos de bases de dados. Modelo relacional. Tabelas e relações.
    Modelo entidade-associação. Restrições de integridade e normalização. Linguagem de
    manipulação SQL Demonstração da conceptualização de um modelo relacional e de utilização
    da linguagem SQL. Novos modelos de bases de dados. Modelo orientado a objectos.
    Arquitecturas de sistemas de gestão de bases de dados. Quadro de referência para a qualidade
    dos dados e da gestão de bases de dados em gestão de recursos naturais. Conceptualização e
    implementação de sistemas de gestão de bases de dados em arboricultura urbana; casos de
    estudo. Características específicas da informação geográfica. Arquitecturas e modelos de dados
    das aplicações comerciais para suporte de SIG. Georreferenciação e fontes de informação
    geográfica. Análise espacial. Processo de desenvolvimento de SIG. Aplicações práticas.

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