Coordenação científica
Coordenação pedagógica
- DR. VICTOR DE CASTRO
Introdução
A Osteopatia consiste numa forma diferente, de diagnóstico e terapêutica manual, para avaliar as disfunções da mobilidade articular e dos tecidos em geral responsáveis pela manifestação das doenças.
(Definição da Academia Belga de Osteopatia)
Em colaboração com o SUTHERLAND COLLEGE OF OSTEOPATHIC MEDICINE (SCOM) from Belgium, a CESPU organiza uma pós-graduação em Osteopatia, dirigida para profissionais de Saúde. O ensino promovido no SCOM tem uma grande reputação Internacional e constitui para os detentores da sua formação uma garantia de sucesso numa carreira profissional. Hoje em dia, já não devemos falar de Medicina alternativa mas de Medicina complementar especifica para o Médico, Fisioterapeuta ou outros Profissionais de Saúde, que permite resolver distúrbios funcionais osteo-articulares, viscerais e faciais.
Estrutura curricular
AULAS TEÓRICAS
MÓDULO 1 - HISTÓRIA DA PROFISSÃO
O módulo pretende fazer uma análise da evolução do conceito Osteopático, desde a sua criação, por A.T. STILL, Médico Americano do século XIX, até á actualidade. Aborda as diferentes tendências e orientações da Medicina Osteopática tanto nos Estados Unidos, como na Inglaterra e na Europa Continental.
MÓDULO 2 - COMPLEMENTOS DE RADIOLOGIA
O ensino do módulo de Radiologia apoia-se sobre artigos publicados pelo SCOM, onde se explora de forma exaustiva a teoria radiológica e permitindo um ensino particularmente prático e clínico deste módulo. O módulo concentra-se nas indicações das várias técnicas imagiológicas (RX, ECO, TAC, RMN, etc.) em função dos níveis e das patologias em causa.
MÓDULO 3 - COMPLEMENTOS DE FISIOLOGIA
Uma medicina global necessita do conhecimento e compreensão dos mecanismos homeostáticos, e do estudo da Endocrinologia que são desenvolvidos neste módulo, numa perspectiva resumidamente psicossomática. Os conceitos de genética, assim como as referências necessárias à teoria da evolução, são discutidos em permanente articulação com a clínica.
MÓDULO 4 - NEUROFISIOLOGIA E PSICOFISIOLOGIA DO DA PROPRIOCEPÇÃO
A osteopatia recorre em especial as técnicas palpatórias. O estudo das possibilidades funcionais do tacto demonstrado pelas neurociências e a psicofisiologia experimentais, permite definir as limitações da interpretação clínica realizada pelo Osteopata quando se apela ao "testing" manual.
MÓDULO 5 - BIOMECÂNICA DO APARELHO LOCOMOTOR
A Biomecânica, aplicada aos gestos complexos, à análise funcional das articulações, à unidade funcional vertebro-espinal e ao tecido conjuntivo, são alguns exemplos de temas, cujo estudo, por modelos matemáticos, permite esclarecer o mecanismo das estruturas biológicas.
MÓDULO 6 - SEMIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Ouvir, observar, examinar, constituem de forma privilegiada, as etapas essenciais da abordagem clínica em patologia reumática e ortopédica. Neste módulo, são leccionados, os sinais e os testes que qualquer Osteopata deve conhecer para aconselhar, orientar ou tratar o doente
MÓDULO 7 - VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA E DO SISTEMA NEURO-VEGETATIVO
Este módulo integra o conhecimento em Fisiologia, Embriologia, Neurofisiologia e Biomecânica com o objectivo de estabelecer uma ponte entre a prática de manipulação Osteopática e a interpretação das suas formas de acção. Inspirado historicamente pelo trabalho do Fisiologista I. KORR, o módulo integra o seu modelo de funcionamento com os dados mais recentes da Neurofisiologia.
MÓDULO 8 - EPISTEMIOLOGIA: INTRODUÇÃO À METODOLOGIA DAS CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS
"Desde tempos imemoriais, o homem tem procurado saber", disse Aristóteles. Reflectir sobre sua história, a sua evolução e sobre as bases do conhecimento, são objectivos deste módulo. Uma última reflexão sobre a Medicina Osteopática reforça a abordagem do SCOM, que faz do senso crítico a sua prioridade. Uma parte do módulo é dedicada à introdução da metodologia científica, fundamental à elaboração da tese de fim de curso.
MÓDULO 9 - SEMIOLOGIA E INDICAÇÕES CIRURGICAS DAS RADICULALGIAS
A dor radicular é uma das sintomatologias mais frequentes encontradas na consulta Osteopática. Além da Semiologia do sistema músculo-esquelético, algumas horas são dedicadas ao estudo das herniais discais e do seu tratamento cirúrgico.
MÓDULO 10 - TRAUMATOLOGIA E URGÊNCIAS ORTOPÉDICAS
A área de trauma e das indicações cirúrgicas no âmbito da Ortopedia tem um lugar especial no ensino da Osteopatia. Na verdade, a prática confronta-nos diariamente com situações do foro Ortopédico. O módulo baseia-se no exame clínico do paciente e de uma abundante iconografia de casos reais.
MÓDULO 11 - COMPLEMENTOS DE PSICOLOGIA
Este módulo desenvolve a compreensão dos mecanismos que estão subjacentes a qualquer relação humana, na medida em que o contacto paciente/Osteopata não está imune a eles. Dá-se ênfase na gestão da incerteza e desconhecimento na comunicação interpessoal. Uma introdução aos Grupos Balint, está contemplada na parte prática deste módulo.
AULAS PRÁTICAS
MÓDULO 1 - ANATOMIA HUMANA
Nos laboratórios de Anatomia Humana, as aulas práticas estão divididas em 36 horas distribuídas ao longo dos primeiros 4 anos. O primeiro ano é dedicado ao estudo da pelve e dos membros inferiores; o segundo ano a coluna dorsal, ao tórax e vísceras intra-torácicas; o terceiro ano ao estudo de coluna cervical e membro superior; o quarto ano ao estudo das vísceras abomino-pélvica e cérebro.
MÓDULO 2 - ANATOMIA PALPATÓRIA
Base de qualquer intervenção terapêutica manipuladora, o módulo da anatomia palpatória está orientado exclusivamente para uma abordagem prática. A pesquisa sistemática, região por região, dos elementos anatómicos (pontos de referência óssea, tecidos moles e elementos neurovasculares) permite uma anatomia clínica sintética, que introduz a prática Osteopática.
MÓDULO 3 - ESTÁGIO CLÍNICO
Este módulo (combinado com formação prática) permite o treino necessário para a efectiva prática diária da consulta em Osteopatia. Vem apoiar o módulo de Semiologia e encontra a sua extensão na organização do ensino clínico.
MÓDULO 4 - METODOLOGIA DAS TÉCNICAS OSTEOPÁTICAS
Os meios utilizados para normalizar uma disfunção somática não estão limitados, como muitos acreditam, às técnicas de Thrust, que são manipulações articulares realizadas num determinado ponto com um movimento de alta velocidade e baixa amplitude. Muitos outros métodos chegam ao mesmo resultado, deixando-se ao critério do praticante, a escolha do tratamento mais adequado.
As normas técnicas podem ser agrupadas em três categorias, cada uma compreendendo várias subdivisões:
1. Técnicas Estruturais Directas com Thrust
As técnicas implicam a aplicação de uma força rápida de curta amplitude exercida num plano ou num ponto específico, sob a forma de pressão ou tracção, podendo ser distinguidos por:
A. Técnicas combinando a aplicação de uma tensão por um braço amplo de alavanca sobre o nível de disfunção, finalizadas por um Thrust.
B. Técnicas combinando aplicação por um braço pequeno de alavanca de uma tensão limitada às estruturas directamente acima e abaixo do nível de disfunção, finalizadas por um Thrust (técnicas de menores componentes).
C. Técnicas que não utilizam alavancas para a fixação prévia de tensão, mas uma simples aplicação de força numa estrutura óssea (técnicas quiropráticas).
2. Técnicas Miotensivas
Estas técnicas exigem a participação activa do paciente e podem, segundo modalidades diferentes responder a situações clínicas agudas ou crónicas.
3. Técnicas Funcionais
Estas técnicas utilizam o sistema músculo-ligamento-facial frequentemente envolvido na disfunção:
A. "Técnica de Relaxamento Espontâneo pelo Posicionamento"
Desenvolvido pelo Dr. Lawrence Jones D.O., F.A.A.O., American Osteopathe.
Ele sugere a existência de pontos dolorosos "Trigger Points" ou "Tender points" correspondente a disfunções articulares. A técnica consiste em colocar o paciente passivamente numa posição de conforto para obter uma normalização.
B. "Técnicas Articulares Osteopáticas"
Neste caso, a disfunção Osteopática é definida como uma tensão anormal nos tecidos de uma articulação, daí a proposta de acção sobre o equilíbrio de tensão recíproco do ligamento e desta maneira obter um retorno à mobilidade.
C. Técnicas Faciais
Trata-se de uma técnica mais global utilizando uma percepção palpatória específica, permitindo fazer um diagnóstico da perda de mobilidade do sistema músculo-ligamentar e facial, de seguida, com a utilização de uma técnica rigorosa, reduzir e equilibrar as tensões e estabelecer de novo a mobilidade articular.
D. Tratamento Osteopático Geral (GOT)
Desenvolvido por Dr. Littlejohn, GOT pode ser aplicado a qualquer doente (após ter tomado precauções), independentemente da idade ou morfologia. O GOT permite testar as possibilidades de mobilização da articulação, dos tecidos e, com gestos específicos ou movimentos rítmicos, normalizar as disfunções eventuais.
E. Técnicas Osteopáticas Aplicadas à parte Visceral
São técnicas para melhorar a relação de mobilidade entre os diversos órgãos viscerais, reduzir as tensões abdominais e pélvicas com o ultimo objectivo de actuar sobre a função e a dor.
O SCOM oferece um ensino prático extremamente abrangente das técnicas de diagnóstico e manipulações orientadas para a disfunção visceral no âmbito da sua participação num padrão de consulta (técnica denominada estrutural e facial). Este módulo integra, os módulos de embriologia, anatomia visceral descritiva e topográfica, de anatomia palpatória do abdómen, da dissecção visceral, da fisiologia digestiva e da Semiologia de Gastrenterologia.
F. Técnicas Osteopáticas aplicadas ao Crânio
O ensino da Osteopatia craniana, dentro do SCOM, é decididamente crítico. Após uma abordagem histórica do conceito e uma ampla revisão bibliográfica sobre a investigação científica, o módulo desenvolve todas as opções disponíveis para interpretar os resultados do método clínico. A maioria do módulo, uma vez que estes pré-requisitos são definidos, é ministrado o ensino rigoroso das técnicas como foram propostas pelo Dr. Sutherland e Dr. Magoun.
MÓDULO 5 - CASOS CLÍNICOS
O ensino clínico é prestado por toda a equipa docente, começando com uma introdução á anamnese, seguido por um estudo de padrões de funcionamento, de diagnóstico diferencial e por casos clínicos teóricos e/ou práticos.
Candidatura e selecção
Candidaturas abertas.
Análise curricular Académica e Profissional e ordem de inscrição.
Número de vagas
30
Carga horária
146 Horas
Unidades de crédito (ECTS)
31
Duração e regime
O curso decorrerá de Abril de 2011 a Março de 2012. As aulas decorrerão à quinta-feira das 11h às 12h30 e das 13h30 até 19h, sexta-feira das 9h até 12h30 e das 13h30 até 19h, e no sábado das 8h30 até 12h30 e das 13h30 até 17h.
Documentação de candidatura
Curriculum Vitae em modelo Europass ;
Fotocópia do Certificado de Habilitações;
Preenchimento do boletim de candidatura ;
Fotocópia do Bilhete de Identidade, cartão de contribuinte;
2 Fotos tipo passe devidamente identificadas (não são aceites fotografias digitalizadas);
Cheque ou comprovativo de transferência para o NIB 0033.0000.00048634338.29, no valor da candidatura.
Local(is) de realização