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No coração da Europa, no cruzamento dos antigos caminhos comerciais e vias de comunicação contemporâneas, do Oeste para Leste e da Escandinávia para Sul, está situada a Polónia. com a língua checa, eslovaca e a lusaciana (utilizada por uma pequena comunidade no Sudeste da Alemanha), o polaco pertence ao grupo eslavo ocidental das línguas indo-europeias. Uma vez que as línguas eslavas apresentam semelhanças significativas a nível do vocabulário básico - derivado da língua proto-eslava -o domínio do polaco poderá constituir um passaporte linguístico para os países eslavos, facilitando ainda a comunicação trivial com os seus vizinhos de Leste - os russos, bielorrussos e ucranianos.
O polaco é falado por cerca de 50 milhões de pessoas, dos quais 40 milhões vivem na Polónia.polaco tornou-se uma língua independente no século X, tendo tido um papel significativo na unificação das tribos eslavas, durante a criação e desenvolvimento do estado polaco. A entrada da Polónia na esfera da influência da comunidade cristã ocidental teve lugar com o baptismo da Polónia em 966, o que constituiu um factor importante para a evolução da língua polaca, uma vez que conduziu à introdução do alfabeto latino. A língua polaca necessitou de uma adaptação de 24 letras, a qual se traduziu pela introdução gradual de caracteres especiais como: ¹, ê, ó, o, æ, ¿, Y, ñ, ³, e dos sons: , cz, ch, rz. Estes caracteres específicos, tornam a língua polaca escrita contemporânea, facilmente reconhecível sendo de realçar que o polaco escrito reflecte claramente a sua pronúncia.
Na origem do estado polaco, o latim era a língua oficial, e todos os documentos da igreja e do estado, bem como as obras literárias, eram escritos nessa língua. As palavras mais antigas escritas em polaco datam do século XII, sendo que, até ao século XIV, a língua polaca existia apenas sob a forma de dialectos regionais. Em termos de literatura, o polaco desenvolveu-se durante os séculos XV e XVI, tal como exemplificado pelos ricos trabalhos literários do Renascimento, escritos neste idioma. São vários os nomes dos polacos que passaram à história no âmbito da cultura e da ciência. Numa rápida reflexão é obrigatória a referência a Nicolás Copérnico na astronomia; Maria Sklodowska-Curie, a única pessoa que recebeu dois prémios Nobel (o da Física e o da Química); Stanislaw Wyspianski, na arte; Andrzej Wajda, Krzysztof Kieslowski e Roman Polanski, no cinema; Tadeusz Kantor, no teatro; Adam Mickiewicz, Henryk Sienkiewicz (Quo Vadis), a Czeslaw Milosz e Wislawa Szymborska (três prémios Nobel) na literatura; Ignacy Paderewski, Artur Rubinstein, Zbigniew Preisner e, claro, Fryderyk Chopin, na música; Lech Walesa, o lider da solidariedade (prémio Nobel em 1983); Grzegorz Lato, Zbigniew Boniek..,no futebol; e uma das grandes personalidades que para sempre vai ficar na nossa memória - Karol Wojtyla - o Papa João II.