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O movimento rosacruz teve a sua origem histórica há 400 anos, fruto da reflexão espiritual de um grupo de eruditos, místicos e teósofos, que conceberam uma personagem, Cristão Rosacruz, sobre a qual escreveram três Manifestos, onde se fazia o apelo a uma reforma geral do mundo, através do conhecimento do homem interior e de uma investigação aprofundada das leis naturais. Pensadores como Jacob Böhme, Robert Fludd, René Descartes, Francis Bacon, Jan A. Comenius, Isaac Newton, Robert Boyle, Gottfried W. Leibniz, Karl von Eckartshausen, ou Johann W. Goethe, mantiveram uma orientação humanista Rosacruz. A Maçonaria, o Martinismo ou a Antroposofia, por exemplo, são considerados herdeiros do seu legado.
Em Portugal, particularizando o que sucedia no ocidente, o século XX viu surgir movimentos que de formas distintas procuraram realizar a ideia e o impulso rosacruz, contribuindo para a sociedade moderna com noções, impulsos e valores construtivos. Em Portugal é especialmente notável nas primeiras décadas do século XX e depois, após a revolução do 25 de Abril de 1974. Neste período, o esforço de milhares de mulheres e homens para elevar o senso comum a uma consciência mais ampla e integrada da humanidade e do mundo traduz-se em acções esparsamente registadas numa História das ideias ainda por fazer e que neste curso procuraremos abordar.
Este curso insere-se no campo científico dos estudos em Esoterismo Ocidental, que reúne uma equipa de investigadores na linha de investigação em Gnose e Esoterismo Ocidental da Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona.