Apresentação
O 1.º ciclo de estudos, conducente à atribuição do grau de licenciado, tem como objectivo dotar o estudante de um nível de competências genéricas na área específica das políticas de segurança , domínio onde o país é claramente deficitário em quadros especializados.
Este curso tem como grandes objectivos assegurar uma formação teórica e prática a quadros que possam, na sua futura realização profissional, contribuir para a melhoria de um clima de segurança por todos desejado.
São hoje, inúmeras as ameaças que pesam sobre a integridade física e moral dos cidadãos e dos seus bens e que vão desde as doenças e catástrofes naturais às acções anti-sociais empreendidas por membros da sociedade, a título individual, ou por grupos organizados. Com efeito, apesar de todas as políticas adoptadas para lhe fazer face, a criminalidade e novas formas de terrorismo – já chamados até de "hiper-terrorismo" – parecem incontroláveis e, em alguns Estados, com tendência para aumentar.
Procura-se, então, estudar de forma sistematizada e científica todos os aspectos que o conceito de segurança encerra, nomeadamente as ameaças, os agentes de segurança instituídos pelas sociedades e, ainda, as políticas preventivas e repressivas adoptadas, tendo como meta alcançar não uma sociedade perfeita – que não existe – mas uma sociedade em que todo o ser humano possa desenvolver todas as suas capacidades e, assim, realizar-se.
A licenciatura procura também objectivar-se na concessão de uma formação que permita ao futuro licenciado desempenhar, nos serviços públicos e privados, de uma forma eficiente e relevante, a sua função de técnico qualificado de segurança.
Saídas Profissionais
A Universidade Lusíada de Lisboa e as demais instituições que, de algum modo, se encontram ligadas a esta proposta, cujos antecedentes já têm alguns anos, consideraram que a licenciatura em Políticas de Segurança virá colmatar as necessidades existentes na formação de quadros superiores nesta área. Com efeito, são já imensos os sectores de actividade, quer públicos quer privados, onde existe empregabilidade, dado que o Estado já não é o único promotor de segurança, como o demonstra a multiplicação de empresas privadas de segurança – a esmagadora maioria delas com necessidades de técnicos com carência de formação universitária adequada. Por outro lado, no próprio Estado, a segurança é – e deverá continuar a ser – cada vez menos monopólio de agentes militares ou para-militares reconvertidos a funções para as quais a sua formação de base inicial os não preparou especialmente.
Finalmente, as novas ameaças de dimensão global e a projecção externa do país, numa contribuição considerada estratégica, para a sua prevenção e redução, oferece novas oportunidades de empregabilidade que ultrapassa a dimensão nacional.