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Serão admitidos à candidatura os titulares de um primeiro ciclo, ou licenciatura, que demonstrem afinidade com a área científica e capacidade para a habilitação ao grau de Mestre. Excepcionalmente, em casos devidamente justificados, serão admitidos pelos conselhos científicos, mediante proposta da comissão científico-pedagógica dos cursos, os titulares de outros diplomas legalmente equivalentes, assim como pessoas que, não possuindo graus académico superior, apresentem curriculo ou experiência profissional que demonstre capacidade para a realização do ciclo de estudos. Recomenda-se também o domínio da língua inglesa.
Conteúdo
O mestrado visa os seguintes objectivos: O curso visa fornecer uma formação teórica e técnica sólida nas diferentes áreas atinentes à problemática do risco, tanto na vertente da prevenção como da intervenção em caso de desastres atribuíveis a processos naturais e tecnológicos. Sendo pensado para um público diversificado, indo das ciências sociais às ciências naturais e exactas e às tecnologias, os conteúdos permitem uma visão integrada e não especializadora, onde se combina a capacidade de interpretação de dados quantitativos com as metodologias mais qualitativas de avaliação e percepção do risco em comunidades humanas. A preocupação fundamental é mostrar a importância das estruturas e dinâmicas sociais das comunidades locais na prevenção e actuação do risco, bem como a aquisição de ferramentas analíticas e de intervenção que permitam o diagnóstico e a definição de linhas de actuação em caso de desastres ou outros acontecimentos mais pontuais. As competências adquiridas devem permitir delinear políticas de prevenção, minimização, gestão e comunicação do risco, determinando a cada momento, ante, durante ou pós-evento a capacidade de mobilização e de reabilitação das comunidades afectadas. Torna-se, assim, importante uma formação nas técnicas de planeamento e de ordenamento, bem como a capacidade de articulação com as autoridades locais, distritais e nacionais na prossecução das medidas a tomar. É realçado o papel da protecção civil enquanto interveniente máximo nas medidas de prevenção e gestão associadas aos riscos naturais. A inclusão da vertente jurídica e económica, fundamentais em todo o processo de planeamento e de execução de acções, bem como em casos extremos de emergência ou de desastre, afigura-se necessária uma grande familiaridade com a componente logística e organizativa de toda a rede nacional de protecção civil. O aprofundado conhecimento dos instrumentos legais e compensatórios e das esferas de actuação de cada uma das entidades públicas, tanto locais como nacionais, mostra-se imprescindível. As competências em comunicação social são também de importância extrema, pois permitem a elaboração de campanhas de sensibilização, de divulgação e de consciencialização e debate sobre os riscos presentes no país ou nas comunidades de âmbito regional ou local. A formação com um diversificado leque de saberes, tanto quanto possível, actualizados e relevantes na área, bem como a distinção entre as áreas Social e Física, possibilita-se a aquisição de ferramentas e metodologias direccionadas para competências pessoais e sistémicas, capazes de enquadramentos profissionais distintos e a capacidade de fundamentar e evoluir para a dissertação de Mestrado.