Objectivos
O curso de Planeamento e Gestão em Turismo de Natureza e Aventura tem como objectivo central contribuir para a formação de “massa crítica” e capital humano tendo em vista responder aos novos desafios e exigências que o sector do turismo enfrenta. Assim sendo, propõe-se valorizar e actualizar os conhecimentos adquiridos ao longo dos percursos académicos e profissionais dos seus discentes, contribuindo deste modo não só para a adequação do sector turístico nacional a uma realidade em constante mudança, mas também para o incremento dos seus factores de competitividade através do acréscimo da qualidade dos produtos e serviços disponibilizados.É de sublinhar que estes desideratos são tão mais importantes quanto a resolução do Conselho de Ministros nº 97/2003, de 1 de Agosto, elegeu o turismo como um dos eixos estratégicos para o desenvolvimento económico do País e o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) define como linhas de desenvolvimento estratégico, entre outras, a inovação e conhecimento, através da realização de eventos e o desenvolvimento de produtos inovadores que contribuam para a valorização da proposta de valor do destino, e o reforço da imagem de marca e notoriedade de Portugal, a par da qualificação dos serviços e dos recursos humanos.Tudo isto acentua, ainda mais, a necessidade de redimensionar as questões associadas ao planeamento, concepção e gestão de propostas de animação turístico-ambiental e a projectos de turismo activo através de uma relação de compromisso entre a tradição, a valorização territorial e a inovação dos produtos turísticos, ou, como refere o PENT, num duplo contexto de gestão estruturado por duas grandes vertentes estratégicas: a diferenciação e a qualificação. Para tal, novas competências profissionais, novas formações e novas atitudes são imprescindíveis. A pós-graduação em Planeamento e Gestão em Turismo de Natureza e Aventura, do, está estruturada em duas linhas de orientação convergentes e unívocas, que criam uma clara simbiose entre uma componente teórica, alicerçada nas temáticas do planeamento e do turismo alternativo e uma componente prática, onde se aplicam conhecimentos teóricos e empíricos e onde as actividades de desporto de natureza e de aventura assumem um claro protagonismo.As metodologias formativas propostas, assentam particularmente num modelo de “reflexão-acção” sustentado por uma didáctica participativa, e por uma componente de aplicação dos conhecimentos em contexto laboratorial e em trabalho de campo.Um dos objectivos complementares de carácter pedagógico desta pós-graduação passa por desenvolver um modelo de formação-acção que articule os sistemas teórico-metodológicos do saber e do saber-fazer, essenciais para entender as novas dinâmicas do consumo turístico e para preparar especialistas na concepção e aplicação de produtos turísticos de natureza e desporto-aventura de elevado crescimento, no quadro da oferta e da procura turística.A estruturação de um curso dentro da área de formação do turismo de natureza e de aventura, responde, como já foi referenciado, a uma manifesta necessidade do mercado, procurando estabelecer linhas de continuidade formativa, para diplomados de diferentes áreas de formação, permitindo-lhes ampliar e diversificar a sua formação no âmbito do turismo activo.Esta formação, pelo seu carácter de especificidade, pretende também desenvolver novos conteúdos ao nível do planeamento e gestão de actividades de animação turística em contexto natural. Tem também como objectivo, inovar no processo de vinculação entre o turista e o território, promovendo o principio da sustentabilidade do uso do meio ambiente e ao mesmo tempo, estabelecer patamares mais elevados ao nível da capacidade de interpretação crítica e analítica daqueles que adiante irão conceber, desenvolver e aplicar estes novos produtos.Nesse sentido, a formação a ministrar, deverá ser um alicerce estruturante na promoção de uma massa crítica eficaz e consequente; facto que é determinante para a qualificação de produtos tão específicos e instáveis como o turismo de natureza e de aventura.Muito embora se tenha registado ao longo da última década um exponencial aumento na procura e no consumo de actividades de turismo de aventura e de, consequentemente, ter surgido também um número apreciável de operadores e empresas no sector, facilmente se identifica como principal problema para uma evolução sustentada do produto a ausência de uma política de formação específica que credite e qualifique recursos humanos para o exercício das funções que são exigidas ao nível do planeamento, da gestão, da execução e acompanhamento de actividades de Turismo de Aventura.Nesse sentido, pretende-se apetrechar o mercado de oferta turística português com recursos humanos qualificados e creditados com instrumentos que optimizem o desempenho ao nível da concepção, planeamento e gestão, de actividades de Turismo de Aventura. Pretende-se, também, que os candidatos fiquem habilitados com competências operacionais para o desempenho de actividades de coordenação, montagem, manobragem e monitorização de sistemas de actividades de risco e desporto de aventura, bem como no acompanhamento de grupos organizados em actividades de Turismo de Aventura.